- Este evento já decorreu.
Banda Sinfónica Portuguesa
12 Novembro 2022 | 18:00 – 19:00
Com sede na cidade do Porto, a Banda Sinfónica Portuguesa teve o seu concerto de apresentação no dia 1 janeiro de 2005 no Rivoli, Teatro Municipal do Porto onde também gravou o seu primeiro CD, tendo, entretanto, recebido um importante apoio por parte da Culturporto, da Portolazer e da Ágora na divulgação e expansão do seu projeto nesta cidade. A partir de 2007, a BSP é convidada pela Fundação Casa da Música a apresentar-se regularmente na Sala Guilhermina Suggia, onde tem vindo a interpretar regularmente um conjunto de obras originais de compositores portugueses e estrangeiros, sendo responsável pela execução em primeira audição de mais de meia centena de obras, resultante ainda do seu concurso de composição e de encomendas. Em abril de 2010, lançou o seu álbum “A Portuguesa” com obras exclusivamente de compositores portugueses, num concerto realizado no auditório da Faculdade de Engenharia do Porto. Tem vindo a gravar regularmente outros trabalhos, nomeadamente “Traveler” (2011), “Hamlet” (2012) “Oásis” (2013), “Grand Concerto pour Orchestre d’Harmonie” (2014), “Sinfónico” com Quinta do Bill (2015), “Trilogia Romana” (2016), “Porto” (2017), “The Ghost Ship” (2018) e “Night and Day” (2019).
A BSP possibilitou, na maioria dos seus concertos, a apresentação de talentosos solistas nacionais e internacionais, sendo de destacar alguns como Pedro Burmester, Sérgio Carolino, Mário Laginha, Elisabete Matos, Marco Pereira, Jean-Yves Fourmeau, Nuno Pinto, Vicente Alberola, Pierre Dutot, Vincent David, Horácio Ferreira, Rubén Simeó, etc. Algumas apresentações contaram ainda com a participação de vários coros bem como grupos como a Vozes da Rádio, Quinta do Bill, Quarteto Vintage, European Tuba Trio, entre outros.
Maestros internacionalmente reputados como Jan Cober, Douglas Bostock, José Rafael Vilaplana (maestro principal convidado da BSP), Baldur Bronnimann, Alex Schillings, Marcel van Bree, Rafa Agulló, Dario Sotelo, Henrie Adams, Eugene Corporon e Andrea Loss dirigiram a BSP com enorme sucesso, tendo considerado este projeto como extraordinário e de uma riqueza cultural enorme para Portugal. Aliás, a BSP tem vindo a receber até ao momento as melhores críticas, não só do público em geral, como também de prestigiados músicos nacionais e estrangeiros. Maestros portugueses como Pedro Neves, Fernando Marinho, Alberto Roque, José Eduardo Gomes, Hélder Tavares, Luís Carvalho, André Granjo, Avelino Ramos, João Paulo Fernandes dirigiram também esta orquestra.
Destacam-se a realização de concertos nas principais salas de espetáculo de norte a sul do país, Igrejas, Santuário de Fátima, bem como na vizinha Espanha no Teatro Monumental de Madrid (RTVE) e ainda nas cidades de Pontevedra, Corunha, Ávila, Llíria, Lleganés e participações nos Certames Internacionais de Boqueixón e Vila de Cruces (Espanha).
A BSP obteve em abril de 2008 o 1.º prémio no II Concurso Internacional de Bandas de La Sénia na Catalunha (Espanha) na 1.ª secção e igualmente o 1.º prémio na categoria superior (Concert Division) do 60.º aniversário do World Music Contest em kerkrade na Holanda em outubro de 2011, com a mais alta classificação alguma vez atribuída em todas as edições deste concurso que é considerado o “campeonato do mundo de bandas”.
Em 2014, a BSP realizou a sua primeira tournée intercontinental pela China, realizando 5 concertos nas cidades de Hangzhou, Jiangyin, Shaoxing, Ningbo e Jiaxing. Participou em 2017 na qualidade de orquestra de referência no panorama internacional, no 18.º Festival do World Music Contest em Kerkrade e na 17.ª Conferência Mundial da World Association for Symphonic Bands and Ensembles em Utrecht. Realizou em novembro de 2019 uma digressão às Canárias atuando em Tenerife e na Gran Canaria.
Outros objetivos passam pela iniciativa pedagógica de levar a cabo masterclasses de instrumento com professores de reconhecido mérito artístico, bem como Cursos de Direção (contando já com 25 edições) orientados pelos prestigiados Maestros Marcel van Bree, Jan Cober (Holanda) Douglas Bostock (Inglaterra), José Rafael Vilaplana (Espanha), Eugene Corporon (E.U.A.) e Baldur Bronnimann (Suíça).
Em 2017, deu início ao festival BSP Júnior que se realiza anualmente no verão e que reúne centenas de jovens promissores instrumentistas.
O Concerto
‘Ventos Americanos’ trazem a Banda Sinfónica Portuguesa a Santa Comba Dão
Da sonoridade quase etérea de Cloudburst de Eric Whitacre, até aos ritmos citadinos que emanam da Sinfonia n.º 3 de Franco Cesarini, o concerto “Ventos Americanos” da Banda Sinfónica Portuguesa teve como ponto alto a apresentação da obra Reflets pelo seu compositor – o reconhecido e virtuoso saxofonista francês Vincent David.
Numa partilha espantosa, David revelou todo um novo universo de possibilidades técnicas e musicais do saxofone, numa interpretação profundamente marcante, que quebrou barreiras e abriu horizontes.
Foi um privilégio ouvir e sentir a música deste intérprete genial – uma das figuras de proa da sua geração – que partilhou com os músicos da Banda Sinfónica Portuguesa (BSP) uma obra singular, escrita para saxofone alto e orquestra.
Dirigida pelo maestro espanhol convidado José R. Pascual Vilaplana, a BSP operou nesta apresentação de “Ventos Americanos” o efeito de uma banda sonora da liberdade, decalcando uma sensação de mudança, de conquista e de estado pleno, rompendo com convenções e criando novos paradigmas.
Do destacado compositor americano Eric Whitacre, notabilizado na escrita de música coral, a obra Cloudburst deu início a um programa, que trouxe ao público da Casa da Cultura mais dois compositores europeus, em cujas peças se encontram reminiscências da música americana.
Além do solista e compositor Vincent David, fica o destaque para a estreia nacional da Sinfonia n.º 3 Urban Landscapes – um retrato musical da metrópole norte-americana do compositor suíço Franco Cesarini. Na sinopse do espetáculo, pode ler-se que “nela podem escutar-se os sons da vida citadina: carros que passam, portas do metro que se abrem e até melodias de um clube de jazz perdidas na noite…”
Extra programa foi ainda partilhado um tema colombiano de celebração, de festa – um retrato ritmado da alegria de viver. Uma música através da qual o maestro Vilaplana lembrou e celebrou o Plano Nacional da Música para a Convivência, implementado há mais de vinte anos, na Colômbia. Um plano que de acordo com o maestro tem permitido a muitas crianças, provenientes de contextos sociais difíceis, aprenderem música e prosseguirem os seus estudos e sonhos.