
- Este evento já decorreu.
Filarmonia das Beiras / Jovem Solista FLL
11 Junho 2022 | 21:30 – 23:00

A Orquestra Filarmonia das Beiras (OFB) deu o seu primeiro concerto no dia 15 de Dezembro de 1997, sob a direção de Fernando Eldoro, seu primeiro diretor artístico. Criada no âmbito de um programa governamental para a constituição de uma rede de orquestras regionais, tem como fundadores diversas instituições e municípios da região das beiras, associados da Associação Musical das Beiras, que tutela a orquestra.
A OFB é composta por 29 músicos de cordas, sopros e percussão de diversas nacionalidades e com uma média etária jovem e, desde 1999, é dirigida artisticamente pelo Maestro António Vassalo Lourenço. Norteada por princípios de promoção e desenvolvimento da cultura musical, através de ações de captação, formação e de públicos e de apoio na formação profissionalizante de jovens músicos, democratizando e descentralizando a oferta cultural, a OFB tem dado inúmeros concertos, além de desenvolver frequentes e constantes atividades pedagógicas (programas pedagógicos infanto-juvenis, cursos internacionais vocais, instrumentais e de direção de orquestra, etc.). Também sob estes princípios, apresenta, desde 2006, produções de ópera diversas (infantil, de repertório ou portuguesa).
Do seu vasto histórico de concertos constam participações nos principais Festivais de Música do país (Algarve, Aveiro, Coimbra, Estoril, Évora, Gaia, Guimarães, Leiria, Lisboa, Maia, Óbidos, Porto, Póvoa de Varzim, Festa da Música e Dias da Música do Centro Cultural de Belém) e do estrangeiro (Festival de Guyenne, França, em 1998, Festival de Mérida, Espanha, em 2004, Concurso Internacional de Piano de Ferrol, Espanha, como orquestra residente, em 2007) ou importantes cooperações e co-produções com outros organismos artísticos. São estes os casos de espectáculos no Coliseu de Recreios de Lisboa (com a companhia Cirque du Soleil, em 2000) e no Coliseu do Porto (concertos Promenade); da interpretação da música de Bernardo Sassetti para o filme “Maria do Mar” de Leitão de Barros, desde 2001; da execução da ópera infantil “A Floresta”, de Eurico Carrapatoso, numa co-produção com o Teatro Nacional de São Carlos, Teatro São Luís, Teatro Aveirense e Teatro Viriato, em 2004, reposta em 2008; das colaborações com a Companhia Nacional de Bailado na produção dos bailados “Sonho de uma Noite de Verão”, com o encenador Heinz Spoerli, em 2004 e, em 2006, “O Lago dos Cisnes” de Piotr Tchaikowsky, ambos sob a direção de James Tuggle. Em 2017, a OFB foi convidada a apresentar a banda sonora do cine-concerto “Harry Potter e a Pedra Filosofal”, dirigido pela maestrina americana Sarah Hicks, uma estreia em Portugal. Em 2018 apresentou a banda sonora do segundo filme, “Harry Potter e a Câmara dos Segredos”, sob a direção de Matthias Manasi. Em 2019, a OFB apresentou o terceiro filme desta saga, “Harry Potter e o Prisioneiro deAzkaban” e em 2020 o quarto filme, “Harry Potter e o Cálice de Fogo”, ambos sob a direção do maestro britânico Timothy Henty. Estes espetáculos fazem parte da série de filmes-concerto Harry Potter, promovida pela CineConcerts e a Warner Bros. Consumer Products, numa digressão global em celebração dos filmes de Harry Potter.
Ao longo da sua existência, a OFB tem sido regularmente dirigida por alguns maestros estrangeiros e pelos mais conceituados maestros em atividade em Portugal e tem colaborado com músicos de grande prestígio nacional e internacional, de onde se destacam os violinistas Régis Pasquier, Valentin Stefanov e Wojciech Garbowski, os violoncelistas Irene Lima, Paulo Gaio Lima, Teresa Valente Pereira e Aliaksandr Znachonak, os flautistas Patrick Gallois, Felix Renggli e Istavn Matuz, os oboístas Pedro Ribeiro, Alex Klein e Jean Michel Garetti, os pianistas Pedro Burmester, Jorge Moyano, António Rosado, Miguel Borges Coelho, Gabriela Canavilhas, Adriano Jordão, Anne Kaasa, Valery Starodubrovsky, Valerian Shiukaschvili e Filipe Pinto-Ribeiro, os guitarristas Carlos Bonell, Alex Garrobé, Aliéksey Vianna, Jozef Zsapka, Paulo Vaz de Carvalho e Pedro Rodrigues, ou o saxofonista Henk van Twillert, assim como os cantores Elsa Saque, Elisabete Matos, Isabel Alcobia, Luísa Freitas, Patrícia Quinta, Paula Dória, Margarida Reis, Susana Teixeira, Carlos Guilherme, João Cipriano Martins, João Merino, Mário Alves, Nuno Dias, Rui Taveira, Tiago Matos, Luís Rodrigues, Jorge Vaz de Carvalho, Armando Possante, José Corvelo ou José Carreras, sendo que dois concertos realizados, em 2009, com este conceituadíssimo tenor constituirão, com toda a certeza, um marco para a história desta orquestra. Simultaneamente, tem procurado dar oportunidade à nova geração de músicos portugueses, sejam eles maestros, instrumentistas ou cantores.
Do repertório da OFB constam obras que vão desde o Século XVII ao Século XXI, tendo a Direção Artística dado particular importância à interpretação de música portuguesa, quer ao nível da recuperação do património musical, quer à execução de obras dos principais compositores do século XX e XXI. Aí se incluem estreias de obras e primeiras audições modernas de obras de compositores dos Séculos XVIII e XIX. Neste contexto, da sua discografia fazem parte orquestrações do compositor João Pedro Oliveira sobre Lieder de Schubert, a Missa para Solistas, Coro e Orquestra de João José Baldi e as 3ª e 4ª Sinfonias de António Victorino d’ Almeida, sob a direcção do próprio (2009). Outras áreas musicais como a música para filmes ou o teatro musical são também incluídas, de forma a chegar ecleticamente ao público, através da colaboração com diversos artistas do panorama nacional e internacional onde se incluem Maria João, Mário Laginha, Bernardo Sassetti, Dulce Pontes, David Fonseca, Nuno Guerreiro, Mariza, Gilberto Gil, Carlos do Carmo, Alessandro Safina, Maria Amélia Canossa, Nancy Vieira, André Sardet, Paulo Flores, Rui Reininho, Camané, Luís Represas, Carminho, João Gil, Boss AC, Vitorino, Paulo de Carvalho, Rui Veloso, James, Cristina Branco ou Gisela João.
Estrutura Financiada pelo Ministério da Cultura / Direção-Geral das Artes.
O CONCERTO
Alunos do Conservatório brilham em concerto com a Orquestra Filarmonia das Beiras
A noite de 11 de junho foi de celebração do ensino artístico propiciado pelo Conservatório de Música e Artes do Dão (CMAD) e de uma parceria histórica, que soma dez anos. Há já uma década, que um grupo de jovens talentos CMAD é selecionado para integrar o estágio de uma semana na Orquestra Filarmonia da Beiras. A ‘Fundação Lapa do Lobo’ é, desde sempre, o mecenas responsável pelo financiamento de toda esta aventura de conhecimento – propiciadora de novas experiências musicais e artísticas. A Fundação patrocina quer o estágio, quer o concerto final, que também conta com os apoios da Direção-Geral das Artes (DGArtes) e do Município de Santa Comba Dão.
Este ano atingiu-se um número histórico de participantes. Foram 21 os alunos que, após uma seleção criteriosa, viveram uma experiência intensa e transformadora, com a oportunidade singular de tocar e aprender com músicos profissionais de uma orquestra de referência, o que veio a enriquecer amplamente os horizontes académicos e performativos destes jovens.
Em pleno concerto na Casa da Cultura de Santa Comba Dão – com a sala repleta de um público generoso e sensível – estes talentos integraram o corpo orquestral, dirigido pelo maestro convidado Luís Carvalho. E em palco, fizeram acontecer momentos únicos de excelência, emoção e fruição artística.
Nota de destaque para os quatro alunos CMAD, que se distinguiram entre o grupo selecionado, vencendo o prémio Jovens Solistas da Fundação Lapa do Lobo. Além da participação na orquestra, estes jovens também se apresentaram a solo – numa aliança entre brilhantismo e paixão – naquele que foi um dos momentos mais intensos deste espetáculo
O trompetista Rodrigo Santos, vencedor do 1.º prémio dos Jovens Solistas partilhou a interpretação de ‘Proclamation para Trompete solo e Orquestra’ de Ernest Block. Coube à clarinetista Maria João Silva Maria João Silva, o solo de ‘Dance Preludes – 1º, 2º e 5º Andamentos para Clarinete solo e Orquestra’ de Witold Lutoslawsk.
O terceiro prémio foi partilhado pela flautista Marta Martins e pela clarinetista Inês Gonçalves, que apresentaram, respetivamente, ‘Fantasy para Flauta solo e Orquestra’ de George Hue, e ‘1º Andamento do concerto para Clarinete solo e Orquestra’ de Karol Kurpinski
Para a segunda parte deste memorável espetáculo esteve, ainda, reservada a apresentação de “Quadros de uma exposição”, de Moussorgsky, com orquestração de Maurice Ravel. Após a visita à exposição póstuma do pintor e arquiteto Viktor Hartmann, o compositor russo Mussorgsky construiu as ‘peças’ que integram esta obra, como se fossem quadros de uma exposição – “claras ilustrações de momentos pictóricos”
Objeto de orquestrações de diferentes compositores, a mais famosa foi a realizada, em 1922, por Maurice Ravel. Em 2022, cem anos depois, a Filarmonia da Beiras realizou uma interpretação magistral da obra, num misto de momentos expressivos e contrastantes, indutores de uma variedade de emoções, sempre com um denominador comum – a genialidade.
Nota ainda para a entrega dos diplomas do 10.º Concurso Lapa do Lobo, nas modalidades de estágio de orquestra e solista, que teve lugar no início e a meio do espetáculo.
Carlos Torres, presidente do Conselho de Administração da Fundação Lapa do Lobo, Leonel Gouveia, presidente da Câmara Municipal de Santa Comba Dão, e Mário Cruz, diretor pedagógico do CMAD, partilharam o momento de entrega de diplomas, aos quatro solistas premiados.
O trabalho de consolidação realizado ao longo das 14 edições do FMAD foi sublinhado pelo professor Sérgio Neves, que realçou, ainda, o financiamento obtido, neste último ano, através da Direção-Geral das Artes (DGArtes).
Este apoio – que tem vindo a possibilitar o crescimento e diversificação da oferta artística do Festival – resultou de uma candidatura apresentada e estruturada em articulação com o Município, que também veio a beneficiar de uma bonificação extra em virtude da parceria do CMAD com a Fundação Lapa do Lobo.
Sobre os alunos participantes, foi destacado o empenho demonstrado e a qualidade requerida para ser selecionado para o estágio da Fundação, sublinhando ainda o ‘esforço fenomenal’ que significa estar em palco, enquanto solista, com uma orquestra.
Na partilha com o público, também o presidente da Câmara, Leonel Gouveia, deu os parabéns aos alunos participantes, pela dedicação e brilhantismo, referindo a excelência do ensino artístico – desde o pré-escolar e secundária – realizado no concelho. Sobre o desafio lançado há um ano pelo CMAD, e recordado neste evento, o representante da autarquia reafirmou o compromisso no trabalho e no investimento contínuo do Município em tornar Santa Comba Dão ‘Cidade Criativa da Música’.
Alunos selecionados para o Estágio com a Orquestra Filarmonia das Beiras:
Afonso Duarte Pocinho
Ana João Viegas S. Durães Tomás
David Rodrigues Ribeiro
Diana Amaral Marques Alves
Diogo Pereira Marques
Gonçalo Marques dos Santos
Guilherme Marques dos Santos
Iara Santos Ferraz
Inês de Sousa Gonçalves
Ivana Tavares Simões
Laís Lopes Oliveira
Maria João Pereira da Silva
Marta Catarina Varela Martins
Martim Cordeiro de Morais
Matilde dos Santos Guerreiro
Matilde Rodrigues Ribeiro
Rafaela Mendes Silva
Ricardo Mendes Ferreira
Rodrigo João Alves Santos
Sara Diogo Lopes
Tomás Gomes Cordeiro






